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TSE proíbe Bolsonaro de disseminar mentira de que existe "kit gay"; "entendem comprovada a difusão de fato sabidamente inverídico, pelo candidato representado e por seus apoiadores … que gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político”

TSE proíbe Bolsonaro de disseminar “kit gay” por fake news

‘Informação equivocada de que o livro teria sido distribuído pelo MEC… gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político’, conclui ministro
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Reprodução: Imagem Jornal Nacional
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Jornal GGN – O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Horbach mandou remover links de redes sociais e sites com a expressão “kit gay” propagada pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para atacar Fernando Haddad, candidato pelo PT.
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O pedido para barrar a notícia falsa foi feito pela defesa da coligação “Povo Feliz de Novo”, de Haddad dirigida contra o candidato do PSL e seus fillhos Carlos Bolsonaro (PSL), vereador do Rio e Flávio Bolsonaro (PSL), eleito senador também pelo Rio. Segundo eles, o livro Aparelho Sexual e Cia tinha sido distribuído para escolas públicas na época em que Fernando Haddad era ministro da Educação.
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“Nesse quadro, entendem comprovada a difusão de fato sabidamente inverídico, pelo candidato representado e por seus apoiadores, em diversas postagens efetuadas em redes sociais, requerendo liminarmente a remoção de conteúdo. Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC… gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político”, pondera o ministro do TSE dando o prazo de 48 horas para que Facebook e Google identifiquem o número de IP dos perfis responsáveis pelas postagens.
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Horbach detacou, ainda, que o projeto “Escola sem Homofobia” nem sequer chegou a ser executado pelo Ministério da Educação logo, “não ensejou, de fato, a distribuição do material didático a ele relacionado”.
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“Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC (…) gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”, assinalou o ministro.
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Segundo informações do Congresso em Foco, o vídeo de Bolsonaro afirmando que o livro foi distribuído durante a gestão Haddad no Ministério da Educação teve cerca de 500 mil visualizações. O presidenciável do PLS apresentou o mesmo livro e discurso durante uma entrevista que deu ao Jornal Nacional em 28 de agosto.
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Segundo a defesa da coligação petista, até o momento conseguiram derrubar 100 links originais e mais de 146 mil compartilhamentos com alcance estimado de 20 milhões de visualizações.
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“Para além dos prejuízos nesta eleição, temos claramente acompanhado a escalada de notícias falsas com uma disseminação que só pode ser explicada através de um trabalho de inteligência articulado e financiado com robustos recursos. Este é um instrumento perigoso para a consolidação de notícias que podem comprometer a própria segurança nacional do Brasil”, disse o advogado Angelo Ferraro, da coligação “Povo Feliz de Novo”.