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Bolsonaro critica 13º salário e férias, e defende empresário que coagiu votos; Bolsonaro disse que "no que for possível" irá mudar a legislação trabalhista, para que o empresário tenha de pagar menos direitos

Bolsonaro critica 13º salário e férias, e defende empresário que coagiu votos

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Jornal GGN – Em reunião com as bancadas do DEM, nesta quarta (12), Jair Bolsonaro defendeu que os direitos dos trabalhadores se aproximem da informalidade. Além disso, ameaçou agir contra o atual papel do Ministério Público do Trabalho e defendeu o empresário Luciano Hang, das lojas Havan, do processo com multa de R$ 100 milhões por ter coagido seus funcionários a votar no deputado da extrema direita para presidente. Os relatos foram feitos pelo jornal O Globo.
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Segundo o diário, Bolsonaro disse que “no que for possível” irá mudar a legislação trabalhista, para que o empresário tenha de pagar menos direitos, aproximando os trabalhadores do que acontece na informalidade. Ele criticou o 13º salário e férias indiretamente, dizendo que são garantias engessadas pela Constituição.
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“Por exemplo, a legislação trabalhista, no que for possível, sei que está engessado no artigo 7º, mas tem que se aproximar da informalidade”, disse. É no artigo 7º da Carta Magna que os trabalhadores têm direito a férias, décimo terceiro salário, seguro desemprego, fundo de garantia, entre outros benefícios.
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“Outra coisa, o Ministério Público do Trabalho, pelo amor de Deus. Se tiver clima, a gente resolve esse problema. Não dá mais para continuar quem produz sendo vítima de uma minoria atuante. E lá não tem hierarquia, não é batalhão de infantaria, que tem um comandante que vai lá e cumpre ordem, cada um faz o que bem entende”, comentou Bolsonaro.
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“Até vejo um caso aqui, sem querer defendê-lo, o Luciano Hang, lá da Havan de Santa Catarina. Ele está com uma multa de R$ 100 milhões porque ele teria aliciado e obrigado seus funcionários a votar em mim. Como é que os caras conseguem bolar um negócio desses?”, disparou.
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O presidente eleito voltou a dizer que “ser patrão no Brasil é um tormento. Eu não quero. Eu podia ter uma pequena, uma microempresa, com cinco funcionários. Não tenho porque? Porque eu sei das consequências se o negócio der errado, se eu quiser mandar alguém embora. Devemos mudar isso aí.”