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Militares estão insatisfeitos com filhos e inoperância do governo Bolsonaro; A insatisfação dos militares se dá por nunca terem aceitado a intromissão dos meninos do presidente em assuntos de Estado

Militares estão insatisfeitos com filhos e inoperância do governo Bolsonaro

A insatisfação dos militares se dá por nunca terem aceitado a intromissão dos meninos do presidente em assuntos de Estado Por Jornal GGN – 20/02/2019

Foto Emaisgoias

Jornal GGN – A situação não está fácil para Jair Bolsonaro e seu governo. O agravamento da crise fez com que três representantes da ala militar do governo expressassem o desagrado do setor sobre a atuação dos filhos do presidente e também pela inoperância da articulação com o Congresso. O tema foi levantado pela Folha.

De acordo com a publicação, os generais de reserva presentes no governo como ministros, Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Fernando Azevedo (Defesa) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), pediram um freio de arrumação. 

Segundo a Folha, que ouviu descrições da conversa, há, inclusive, o risco de perda de apoio da ala militar. Porém, outras descrições descartam o tom alarmista.

Dois temas foram difíceis. O primeiro teria sido a divulgação dos áudios trocados entre Bolsonaro e o ex-ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno. Para os militares, a possiblidade de existirem gravações comprometedoras é um desastre.

Tudo começou, e terminou, na questão partidária, quando o PSL foi apontado como um verdadeiro laranjal, os generais entendem que o papel de Carlos, filho de Bolsonaro, foi deletério. Foi ele que começou a crise que levou aos atos e demissão de Bebianno.

A insatisfação dos militares se dá por nunca terem aceitado a intromissão dos meninos do presidente em assuntos de Estado. E, como o episódio Bebianno, veem uma oportunidade de cobrar o efetivo afastamento dos filhos.

A reunião parece ter surtido efeito, já que Carlos Bolsonaro, o filho vereador no Rio de Janeiro, e Eduardo Bolsonaro, o filho deputado federal, têm sido mais contidos em suas militâncias nas redes sociais, principalmente o Twitter.

Outro ponto que não agradou aos militares foi o papel representado por um general da ativa, Otávio do Rêgo Barros, na crise atual. Como porta-voz de Bolsonaro, o general teve que se sujeitar a dizer que a demissão de um ministro de Estado era decisão de ‘foro íntimo do nosso presidente’.

Mais um ponto nessa conversa, teria sido a derrota, na Câmara, com a derrubada do decreto presidencial sobre sigilo de documentos. Os militares apontam uma desarticulação completa da base governista. A ala militar entende que a base governista é um bloco monolítico sem interesses comuns, e receiam que a reforma degringole neste cenário.

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