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Ato reúne cinco mil pessoas contra reforma da Previdência em São Bernardo e serviu como "esquenta" para a greve geral, marcada para dia 28 de abril, organizada por movimentos sociais e sindical representados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Ato reúne cinco mil pessoas contra reforma da Previdência em São Bernardo

Foto: Roberto Parizotti/CUT

Da Rede Brasil Atual

Protesto em São Bernardo ‘esquenta’ mobilização no ABC para greves do dia 28

Cerca de cinco mil pessoas foram às ruas de São Bernardo, no ABC Paulista, na manhã deste sábado (08), contra as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo Temer. A manifestação foi organizada pelo Comitê Regional ABC Contra a Reforma da Previdência e também serviu como “esquenta” para a greve geral, marcada para dia 28 de abril, organizada por movimentos sociais e sindical representados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. As informações são do portal ABCD Maior.

A concentração do ato começou por volta das 9h, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC seguida de passeata por ruas do centro da cidade, até chegar à Praça da Matriz.

O secretário-geral do Sindicato do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, afirmou que “a reforma da Previdência, somada à trabalhista e à Lei da Terceirização vão retirar todos os direitos conquistados (pelas lutas do trabalhadores) durante esses anos. É todo um conjunto que vai fazer o funcionário trabalhar mais para se aposentar, de forma mais precária e sem direitos garantidos”.

Santana ainda afirmou que a unidade entre as centrais sindicais é essencial para a construção da greve geral, no dia 28. “Essa manifestação é um dos caminhos para a greve geral. Com unidade e com mobilização conseguiremos parar o país contra as reformas”, disse Wagner Santana.

Para a vereadora de São Bernardo Ana Nice (PT) a região do ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema) é um polo potencial de mobilização e participação popular. “O movimento sindical, social e nós, parlamentares, temos que fazer o papel de dialogar com a população e informar a verdade por trás das propagandas do governo”, disse.

‘Temer não vai conseguir aprovar’

Deputados federais também participaram da manifestação, entre eles Vicente da Silva, o Vicentinho, e Paulo Teixeira, ambos do PT. Em seus discursos, eles citaram que a base do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso Nacional não está fechada a favor da reforma da Previdência e que a PEC 287, que trata da reforma, teria nesse momento o apoio de uma minoria de parlamentares.

“Temer começou a ter graves problemas no Congresso, ele perdeu apoio. A última pesquisa mostra que a maioria dos deputados é contra (a reforma da Previdência). Isso está fazendo com que ele mexa nos temas, mas não mexeu em nenhum ponto fundamental. As mobilizações de rua vão derrotar a reforma da Previdência”, declarou o deputado Paulo Teixeira.

Precarização

“Temer se aposentou aos 55 anos, e por que a gente vai ter que trabalhar 49 anos para se aposentar? Todas as reformas desse governo são contra o povo”, afirmou o eletricista Carlúcio Gomes de Oliveira, ao explicar por que saiu de casa para protestar contra as medidas propostas pelo governo.

Já para a auxiliar administrativa Adriana de Assis, as empresas serão as grandes beneficiadas com as reformas. “Elas (empresas) vão pagar menos pelo nosso trabalho, com a terceirização. Os direitos vão por água abaixo e não podemos ficar à mercê do governo. Temos que ir para rua como hoje.”