247 – “Em breve o problema ressurgirá, porque a lógica anterior permanece, com incertezas adicionais do ponto de vista fiscal, além do cenário de preços de petróleo e dos movimentos internacionais de valorização do dólar” diz José Augusto Gaspar Ruas, Doutor em Economia pela Unicamp a respeito da política de preços da Petrobrás a Carlos Drummond, na Carta Capital.
“Obviamente, uma empresa que age sob interesse privado fará de tudo para retirar esse risco de seu balanço e foi o que fez a Petrobrás nos últimos meses. Um governo razoavelmente inteligente não poderia jamais permitir, entretanto, um canal de transmissão inflacionária tão óbvio. Não podemos esquecer que o Brasil é o país emergente com a maior flutuação nas taxas de câmbio. Essa política, que funciona com menor instabilidade em mercados centrais, no Brasil é uma adaptação quase irracional do ponto de vista da gestão econômica”.
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Jornal GGN – No sábado, dia 2, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) soltou nota se posicionando quanto à recomposição da diretoria da Petrobras após a greve dos petroleiros e do movimento dos caminhoneiros que parou o país na semana passada.
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O MST defende uma mudança substancial na ‘política de gestão da estatal’ que deve ‘estar submetida a um projeto de desenvolvimento nacional que tenha como prioridade o bem estar do povo brasileiro e não o mercado’.
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Leia a nota a seguir.
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Nota do MST sobre a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vem a público saudar mais uma vitória conquistada pela greve dos petroleiros e pelo conjunto da classe trabalhadora, que resultaram primeiro na demissão de José Alberto Lima, conselheiro ligado à Shell, e agora na saída de Pedro Parente da Presidência da Petrobras.
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Pedro Parente, indicado pelo PSDB desde 2016, operava um processo de desmonte na estatal visando sua privatização. Essa política, resultou na desvalorização da Petrobras no mercado internacional, além de praticar uma política de preços que permite reajustes diários nos valores do diesel, da gasolina e do gás de cozinha ao sabor do mercado, completamente danoso para o povo brasileiro.
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Apesar da vitória, a luta deve continuar. Não basta só mudar o nome de quem preside a Petrobras, é preciso uma mudança substancial na política de gestão da estatal que deve estar submetida a um projeto de desenvolvimento nacional que tenha como prioridade o bem estar do povo brasileiro e não o mercado.
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O país vive um extremo ataque ao Estado Democrático de Direito, acrescido da criminalização dos movimentos populares e sindicais. Em meio a esse cenário também nos solidarizamos com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que foi alvo de uma ação política e seletiva do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
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Ao considerar a greve ilegal determinando a aplicação de multa diária e o uso do aparato da Polícia Federal para criminalizar o movimento sindical, o TST busca demonstrar que houve menosprezo dessas entidades em relação ao cumprimento da ordem judicial, o que sabemos não se aplica, pois historicamente, a FUP tem se posicionado contra o entreguismo da Petrobras.
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É preciso continuar a pressão contra o golpe e seus tentáculos de sustentação que querem entregar a Petrobras às grandes petroleiras transnacionais. Devemos fazer uma batalha diária contra a mídia golpista como a Rede Globo que esconde da população quem são os verdadeiros responsáveis pelo aumento da diesel, da gasolina e do gás de cozinha.
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A greve continua sendo um dos principais instrumentos de luta da classe trabalhadora e é a que tem capacidade de interferir na pauta política do país. O apoio da população e a participação nessa luta das demais categorias da classe trabalhadora é fundamental para impedir a privatização da Petrobras e das riquezas de nosso pais.
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Fora Temer!
Lula Livre!
A Petrobras é do Brasil!
Viva o Povo Brasileiro!