Setor automotivo volta a cair. Bye, bye, retomada.
O setor industrial tinha apresentado ligeira recuperação em novembro e dezembro, puxado pelo crescimento – medíocre – da produção de automóveis sobre outubro.
Sinal de uma retomada, ao menos do setor automotivo, sem trocadilho, um dos carros-chefe da industria brasileira?
Não.
O Valor publica hoje que…
O aumento da produção de veículos nos dois últimos meses do ano passado deu um alento aos que analisam essa indústria. Parecia que, depois de três anos de crise, o setor voltava a respirar. Mas as vendas no mercado interno nos primeiros dias do ano esfriaram os ânimos. O volume de emplacamentos até o dia 26 ficou 3,6%
abaixo do nível de janeiro de 2016, um dos piores meses da história recente do setor. A média diária foi 13,7% menor que há um ano, segundo dados da indústria.
Um dos piores mesmo: janeiro de 2015 assistiu a uma queda de 29,3%. O espasmo da produção no final do ano foi, essencialmente, para repor os estoques, depois que várias montadoras ficaram longos períodos paradas, com férias coletivas, no meio de 2016.
Como se registrou ontem, neste blog, não há sinal de retomada em lugar nenhum, só na especulação financeira, que está chegando a um grau perigoso de irresponsabilidade.
Chega a ser curioso ver o Governo Federal “comemorar” um deficit primário de 2,4% do PIB, o pior da história, com um rombo de R$ 155 bilhões , R$ 40 bilhões maior que o de 2015, mesmo com a “bolada” acumulada da repatriação de capitais e entrando na conta os R$ 50 bi quitados das chamadas “pedaladas”.
Estamos assistindo uma brutal destruição de nossa capacidade de gerar riqueza e isso não se reconstrói de uma hora para outra.
Quem tinha a ilusão que forçar o aprofundamento da crise era a fórmula para sairmos dela – ilusão que vem desde Joaquim Levy – já devia ter tirado o cavalinho da chuva.
Mas, como seguem botando o dinheirinho no bolso…
Bancos se preparam para quebradeira geral
Diante do caos econômico da administração de Michel temer, que afunda o Brasil na maior crise de sua história, os maiores bancos privados do País já prevêem uma quebradeira generalizada nas empresas; depois de amargarem perdas com a deterioração financeira de grandes empresas, que entraram em recuperação judicial ou estão envolvidas na Lava Jato, Itaú, Bradesco e Santander começaram, nos últimos meses, a se organizar para evitar uma crise ainda maior; a preocupação é que essa onda de recuperações se intensifique e provoque um efeito cascata de estragos na já combalida economia do País; com equipes especializadas, esses bancos criaram departamentos totalmente focados na reestruturação de médias e grandes empresas
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