247 – O site do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da Educação, foi hackeado na noite da segunda-feira (30) após terem sido divulgados os resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Vários estudantes foram inscritos em cursos escolhidos pelos hackers. Tereza Gayoso, de 23 anos, nota máxima na redação do exame e que pretendia cursar medicina, soube nesta terça-feira (31) que havia sido inscrita em produção de cachaça. Falha expõe mais uma fragilidade do MEC.
As informações são da reportagem na revista Época.
“Um estudante do Distrito Federal, também afetado pela ação dos hackers e que pediu para não ser identificado pela reportagem, afirmou que foi inscrito em ciências sociais na Universidade Federal do Acre, contra a sua vontade. ‘Acho triste eu precisar me preocupar com minha segurança em um site do governo”, afirmou. “O site do Ministério era para ser, teoricamente, seguro.'”
Leia nota da assessoria do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante sobre o assunto:
“Todas as edições do Enem e do Sisu, realizadas durante a gestão do então ministro Aloizio Mercadante, ocorreram dentro da normalidade, sem problemas nos sistemas dos referidos programas ou na área de tecnologia da informação do Ministério da Educação. O processo de inscrição do Enem 2016, que também foi planejado na gestão de Mercadante, transcorreu da mesma forma, ou seja, sem incidentes no sistema.
As mudanças nos mecanismos de segurança e controle destes programas, adotadas para a divulgação dos resultados do Enem 2016 e para as inscrições no Sisu 2017, são decisões de inteira responsabilidade do atual ministro, que mais uma vez tenta atribuir à Mercadante as dificuldades de gestão que possui.
Na realidade, o que se constata é que os participantes do Enem 2016 pagam pela decisão da atual gestão do Ministério de desmontar uma equipe técnica experiente e qualificada na área de tecnologia da informação do órgão para aparelhamento político. É inaceitável, por exemplo, que uma participante do Enem, que tirou nota mil na redação e que se inscreveu para o curso de medicina, esteja de fato inscrita no curso de produção de cachaça, fato que nunca aconteceu anteriormente na história do Ministério da Educação.
A atual gestão do MEC não conseguiu estruturar uma equipe de informática, com isso, o órgão passa por um problema estrutural na área, que já foi verificado na confirmações de matrículas na segunda edição do Fies de 2016, nos problemas para participantes verificarem as notas do Enem 2016, nas dificuldades para realização de matrículas no Sisu 2017, no adiamento das matrículas do ProUni e Fies 2017 por preocupações técnicas ainda não esclarecidas e, agora, com alunos inscritos em cursos para os quais não solicitaram inscrição.
Mais uma vez, pagam os estudantes, as famílias e toda a sociedade pelas dificuldades de gestão e pelo aparelhamento político realizado pelo atual ministro no Ministério da Educação.
Assessoria Mercadante”
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