BNDES bloqueia recursos e contribui para quebra da Odebrecht
A Odebrecht tem uma conta a receber do BNDES por obras feitas no exterior que já chega a US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) e é motivo de pressão por governos estrangeiros que temem que os trabalhos atrasem; montante é expressivo: corresponde a cerca de um terço do caixa da construtora -segundo dados de setembro do ano passado, informação mais recente disponível; dinheiro não entra na conta da Odebrecht porque, em maio, o banco estatal suspendeu desembolsos de 25 linhas créditos à exportação com cinco empreiteiras, todas envolvidas na Lava Jato
247 – A Odebrecht tem uma conta a receber do BNDES por obras feitas no exterior que já chega a US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) e é motivo de pressão por governos estrangeiros que temem que os trabalhos atrasem. O montante é expressivo: corresponde a cerca de um terço do caixa da construtora -segundo dados de setembro do ano passado, informação mais recente disponível.
O dinheiro não entra na conta da Odebrecht porque, em maio, o banco estatal suspendeu desembolsos de 25 linhas créditos à exportação com cinco empreiteiras, todas envolvidas na Lava Jato.
As informações são de reportagem de Renata Agostini na Folha de S.Paulo.
“A cúpula do BNDES condicionou a volta dos pagamentos ao cumprimento de exigências que não estavam no acerto original para o financiamento, como a assinatura de termo de compromisso.
Os contratos afetados foram firmados pelo Brasil com nove governos no exterior: Argentina, Cuba, Venezuela, Guatemala, Honduras, República Dominicana, Angola, Moçambique e Gana.
Para ter direito ao empréstimo, esses países aceitaram contratar empresas brasileiras para tocar as obras. Quando o serviço é realizado e o governo estrangeiro reconhece sua execução, o BNDES paga a empreiteira no Brasil.
A Odebrecht, que tenta reestruturar suas operações após ser atingida pela Lava Jato, é a mais afetada pelo bloqueio. Os 25 projetos que tiveram os repasses suspensos somavam US$ 7 bilhões. Destes, US$ 3,9 bilhões eram de obras assumidas pela construtura lá fora.
Técnicos do BNDES e executivos da Odebrecht negociam um acordo. O banco já liberou recursos, por exemplo, para a Queiroz Galvão.”
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