qua, 05/04/2017 – 15:33
Atualizado em 05/04/2017 – 15:33
Foto: SECOM/PGR
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Jornal GGN – O vice-procurador regional Nicolao Dino, ao conseguir que o Tribunal Superior Eleitoral insira depoimentos do marqueteiro João Santana na ação de cassação da chapa Dilma-Temer, na prática, ajuda o atual presidente da República a se livrar da pena máxima: a perda de mandato.
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Segundo o Painel da Folha, Dino manobrou para reforçar o
relatório que apresentou em nome da Procuradoria Eleitoral ao TSE, usando apenas delações da Odebrecht para apontar que Dilma usou cerca de R$ 112 milhões na campanha de 2014, fruto de caixa 2. No documento, ele isenta Temer.
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Na terça (4), durante o início do julgamento da ação no TSE, Dino revelou que a Procuradoria Geral da República já havia enviado ao Supremo Tribunal Federal a delação de Mônica Moura e João Santana, marqueteiros que atuaram nas últimas campanhas presidenciais do PT. Dino conseguiu, com essa revelação, convocar o casal a depor. No mesmo dia, o STF homologou as delações no âmbito da Lava Jato.
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“Políticos de diversos partidos passaram o dia especulando sobre o que levou Nicolao Dino, representante da Procuradoria Eleitoral, a abrir, durante o julgamento no TSE, o acordo de delação firmado pelo publicitária do João Santana e sua mulher, Mônica Moura.”
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“A maioria acredita que Dino o fez para reforçar as conclusões que havia apontado em seu parecer anterior, quando isentou Temer de responsabilidade na captação irregular de recursos. Santana prestava serviços a Dilma, o que deve fazer da petista o foco de sua colaboração premiada”, apontou o Painel da Folha desta quarta (5).
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A defesa de Dilma entregou ao TSE um
documento que mostra que toda a campanha de Temer foi custeada pelo caixa do PT, pois o peemedebista só colaborou com 1% de tudo que foi despendido.
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Do total de R$ 3 milhões que Temer entregou à campanha presidencial, R$ 2 milhões ainda foram repassados para uma gráfica amiga de Eliseu Padilha. Ou seja, os custos de transporte, alimentação, assessoria, advogados, comícios, peças de TV e rádio, entre outros usufruídos por Temer, foram bancados pelo caixa do PT. Com isso, a defesa de Dilma tenta mostrar que a chapa é indivisível.
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Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
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Jornal GGN – A ex-presidente Dilma Rousseff desmontou, segundo a jornalista Mônica Bergamo (Folha), a delação de Marcelo Odebrecht ao Tribunal Superior Eleitoral, a respeito de uma conta-corrente que o ex-executivo disse ter tido com a campanha do PT. Segundo Dilma, que “esmiuçou o depoimento de Marcelo ao TSE e fez por escrito comentários sobre cada item”, a conta, na verdade, poderia ser entre Odebrecht “e quem dirigia a operação do João Santana, que todos diziam que era a Mônica Moura [mulher do marqueteiro]”.
“Ela chegou à conclusão por trechos do depoimento em que Odebrecht ‘fala que pagava o João Santana dois, três anos depois [de serviços prestados em campanhas eleitorais]. Se é verdade isso, há uma conta corrente porque tem fluxo constante de caixa'”, relatou Bergamo.
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Dilma também refutou a afirmação de Marcelo sobre ter pago R$ 20 milhões a Santana no caixa dois pela campanha de 2014. “Por que eu pagaria R$ 70 milhões para o João Santana em caixa um [valor declarado oficialmente ao TSE] e R$ 20 milhões em caixa dois? Por que, hein?”, questiona a ex-presidente.
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Na mesma coluna, Bergamo informa que Dilma disse que gosta “muito” do marqueteiro João Santana e que vai ter “muita dificuldade” se ele “falar coisas que não são reais” sobre ela numa delação premiada. A delação de Santana e Mônica Moura já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal. O advogado Fábio Tofic, que não participou da negociação, renunciou à defesa.
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Na edição de terça (4), dia em que começou o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE, Bergamo assinou entrevista exclusiva com a ex-presidente, na qual ela diz que a delação de Odebrecht é uma “sandice”, uma “ficção” que ele criou para ter algo a barganhar com a Lava Jato, em troca de redução de pena por seus crimes.
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