247 – O ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar disse que a empreiteira repassou R$ 1,25 milhão à Marina Silva em 2014, quando ela disputou a Presidência da República pelo PSB em 2014. O repasse teria acontecido pouco após ela e o ex-presidente da construtora Marcelo Odebrecht terem se reunido em um hotel em São Paulo. “A partir daí, houve uma conversa de Marcelo com ela, onde foram colocados posicionamento e valores -valores culturais, não monetários-, e estratégias”, contou o delator à Justiça.
Segundo Alencar, apesar do repasse não houve nenhum pedido de contrapartida por parte da empreiteira “Não teve compromisso. Nem Marcelo, nem eu [falamos disso]. Foi muito mais uma conversa de aproximação”, repassou.
Alencar, que era responsável pelo departamento de operações estruturadas, que ficou conhecido como o departamento de propinas da empresa, diz que teve “atuação bem específica nas doações para as candidaturas da Presidência da República das duas candidatas”, Marina Silva e Dilma Rousseff (PT), tendo repassado R$ 7 milhões em doações legais à candidata petista.
A diferença dos valores repassados às duas candidatas foi explicado por Alencar pela morte do então candidato do PSB Eduardo Campos, que tinha marina como sua vice. “O candidato era o [Eduardo] Campos, e teve esse fato [o acidente aéreo]. Com Dilma, as conversas já vinham acontecendo. Tinha um relacionamento, digamos, mais antigo”, destacou.
Através de sua assessoria de imprensa, Marina Silva afirmou que sua campanha foi procurada pela Odebrecht e confirmou a reunião com a cúpula da empreiteira, mas que somente conversaram sobre as “principais propostas para o desenvolvimento sustentável do país”.
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