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Desemprego: Anunciado com alarde em fevereiro, emprego formal cai em março; País perdeu 63.624 vagas com carteira assinada. Em 12 meses, quase 1,1 milhão. Temer havia falado em "recuperação" após resultado positivo de fevereiro.

Anunciado com alarde em fevereiro, emprego formal cai em março

País perdeu 63.624 vagas com carteira assinada no mês passado. Em 12 meses, quase 1,1 milhão. Temer havia falado em “recuperação” após resultado positivo de fevereiro
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por Redação RBA publicado 20/04/2017 16h36
Agência Brasil
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Foto destaque: Indústria da transformação está entre os sete dos oito setores pesquisados que tiveram queda

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São Paulo – O mercado formal de trabalho fechou 63.624 vagas em março (-0,17% no estoque, entre contratações e demissões), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgado na tarde desta quinta-feira (20). No mês passado, quando o país teve saldo de quase 36 mil vagas, o anúncio do resultado saiu da discrição habitual e foi feito com alarde pelo próprio presidente Michel Temer, com o governo esboçando um discurso de “início de recuperação” da economia. “Vocês sabem que a economia brasileira volta a crescer e os sinais desse fato são cada dia mais claros”, disse na ocasião.

No primeiro trimestre, o país perdeu 64.378 empregos com carteira assinada, também com uma redução de 0,17% em relação a dezembro. Em 12 meses, são eliminados 1.090.429 postos de trabalho formais, retração de 2,77%.

Apenas em março, sete dos oito setores de atividade econômica tiveram resultado negativos. Foram os casos, por exemplo, do comércio, que eliminou 33.909 vagas (-0,38%), e dos serviços, com menos 17.086 empregos com carteira (-0,10%). A indústria de transformação perdeu 3.499 (-0,05%) e a agricultura, 3.471 (-0,22%). A exceção foi a administração pública, com abertura de 4.574 postos de trabalho (0,53%).

Quatro das cinco regiões fecharam vagas, ainda que em ritmo menor do que em março do ano passado: Nordeste (-29.495), Sudeste (-28.340), Norte (-6.659) e Centro-Oeste (-854). A região Sul teve expansão (1.752). Entre as unidades da federação, o Rio de Janeiro perdeu 17.894 postos de trabalho, com destaque para o setor de serviços, segundo o ministério, e São Paulo eliminou 9.646, com impacto maior no comércio (10.041).

De janeiro a março, o comércio e a construção civil perdem vagas: menos 118.320 e 21.149, respectivamente. Indústria (19.241), serviços (27.659), administração pública (13.718) e agricultura (14.091) têm saldo positivo. Em 12 meses, apenas a agricultura não elimina postos de trabalho.

O estoque de março é de 38.255.943 empregos com carteira no país.

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