Anunciado com alarde em fevereiro, emprego formal cai em março
Foto destaque: Indústria da transformação está entre os sete dos oito setores pesquisados que tiveram queda
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São Paulo – O mercado formal de trabalho fechou 63.624 vagas em março (-0,17% no estoque, entre contratações e demissões), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgado na tarde desta quinta-feira (20). No mês passado, quando o país teve saldo de quase 36 mil vagas, o anúncio do resultado saiu da discrição habitual e foi feito com alarde pelo próprio presidente Michel Temer, com o governo esboçando um discurso de “início de recuperação” da economia. “Vocês sabem que a economia brasileira volta a crescer e os sinais desse fato são cada dia mais claros”, disse na ocasião.
No primeiro trimestre, o país perdeu 64.378 empregos com carteira assinada, também com uma redução de 0,17% em relação a dezembro. Em 12 meses, são eliminados 1.090.429 postos de trabalho formais, retração de 2,77%.
Apenas em março, sete dos oito setores de atividade econômica tiveram resultado negativos. Foram os casos, por exemplo, do comércio, que eliminou 33.909 vagas (-0,38%), e dos serviços, com menos 17.086 empregos com carteira (-0,10%). A indústria de transformação perdeu 3.499 (-0,05%) e a agricultura, 3.471 (-0,22%). A exceção foi a administração pública, com abertura de 4.574 postos de trabalho (0,53%).
Quatro das cinco regiões fecharam vagas, ainda que em ritmo menor do que em março do ano passado: Nordeste (-29.495), Sudeste (-28.340), Norte (-6.659) e Centro-Oeste (-854). A região Sul teve expansão (1.752). Entre as unidades da federação, o Rio de Janeiro perdeu 17.894 postos de trabalho, com destaque para o setor de serviços, segundo o ministério, e São Paulo eliminou 9.646, com impacto maior no comércio (10.041).
De janeiro a março, o comércio e a construção civil perdem vagas: menos 118.320 e 21.149, respectivamente. Indústria (19.241), serviços (27.659), administração pública (13.718) e agricultura (14.091) têm saldo positivo. Em 12 meses, apenas a agricultura não elimina postos de trabalho.
O estoque de março é de 38.255.943 empregos com carteira no país.
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