247 – Um novo recorte da pesquisa Vox Populi, divulgado pela Carta Capital neste fim de semana, revela que nada menos do que 78% dos brasileiros defendem que o Tribunal Superior Eleitoral casse o mandato de Michel Temer.
Além disso, nove em cada dez brasileiros preferem escolher, via eleições diretas, o próximo presidente da República, caso Temer deixe o poder. Hoje, de acordo com a Constituição, o Congresso é que deveria eleger o substituto do peemedebista caso ele seja cassado.
A pesquisa, que foi encomendada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), demonstra ainda uma rejeição altíssima da população sobre propostas do governo que retiram direitos dos trabalhadores, como a reforma da Previdência e a Lei da Terceirização, que já foi aprovada pelo Congresso e amplia a possibilidade de terceirização para qualquer atividade dentro de uma empresa, pública ou privada.
“O aumento da idade da aposentadoria para 65 anos e do tempo de contribuição (mínimo de 25 anos), base da reforma da Previdência, é rejeitado por 93%, revela a pesquisa CUT/Vox Populi. E e 80% reprova a Lei de Terceirização”, informa a Carta Capital.
“A crise política só começará a ser debelada com novas eleições, e somente uma intensa mobilização popular, com os movimentos sociais e a população nas ruas, será capaz de antecipá-las”, diz Vagner Freitas, presidente da CUT. “Boa parte dos deputados e senadores que estão aí sabe que não será capaz de se reeleger em 2018, até pelos impactos da Lava Jato. Parecem negociar o fim de suas carreiras políticas”, acrescenta.
O levantamento, realizado entre 6 e 10 de abril, aponta ainda que apenas 5% consideram o desempenho de Temer ótimo ou bom – percentual que era de 8% em dezembro do ano passado e de 14% em outubro. No outro extremo, 65% classificaram a atuação de Temer como ruim ou péssima.
Outro índice negativo para o peemedebista é o de que para 51% dos entrevistados, o combate à corrupção está pior com Temer na presidência da República. Em dezembro, essa era a opinião de 49% dos entrevistados.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram entrevistadas 2 mil pessoas com mais de 16 anos em 118 cidades.
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