‘Não dá para discutir reforma da Previdência sem antes acabar com supersalários’, diz Renan; juízes de primeira instância chegam a ganhar de R$ 200 a 400 mil reais num mês: "Isso é um escárnio"
Em discurso no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) cobrou empenho do governo e da Câmara para encaminhar a votação de leis que são priorizadas no Senado – caso da que acaba com os supersalários; para ele, essa questão deveria ser discutida antes da votação da Reforma da Previdência; “Como dizer que a reforma da Previdência deve anteceder ao cumprimento da Constituição que proíbe o pagamento de salários acima do teto?”, questionou.
Renan Calheiros lembrou que juízes de primeira instância chegam a ganhar de R$ 200 a 400 mil reais num mês: “Isso é um escárnio e só vai ser resolvido quando as matérias que o Senado prioriza sejam votadas na Câmara dos Deputados”, reclamou; veja vídeo.
14 de Dezembro de 2017 às 18:34
Por Edivaldo Júnior/gazetaweb.com – Em discurso, nessa quarta-feira, 13, o senador Renan Calheiros (PMDB) cobrou empenho do governo federal e da Câmara dos Deputados para encaminhar a votação de leis que são priorizadas no Senado. Uma dessas propostas, a que acaba com os supersalários, deveria, na sua avaliação, ser discutida antes da votação da reforma da Previdência.
Em trecho do discurso reproduzido nas redes sociais o senador cutuca: “está aí o governo querendo ganhar tempo com a reforma da Previdência que não aconteceu, mas o governo sequer conseguiu acabar com os supersalários. Como dizer que a reforma da Previdência deve anteceder ao cumprimento da Constituição que proíbe o pagamento de salários acima do teto?”, questionou.
Renan Calheiros lembrou que “Juízes de primeira instância chegam a ganhar 200 mil… notícias de que ganham até 400 mil reais num mês. Isso é um escárnio e só vai ser resolvido quando as matérias que o Senado prioriza sejam votadas na Câmara dos Deputados”, apontou.
O senador também fez críticas a setores do judiciário: “Como essa gente quer expor a política, quer combater a corrupção se não é capaz de deixar de receber (bastaria um requerimento para uma repartição), os supersalários, dinheiro do povo, que mensalmente fazem questão que seja colocado em suas contas”, enfatizou.
Renan Calheiros também cobrou a votação da lei que coíbe o abuso de autoridade: “a doutora Raquel Dodge (PGR) abriu cinco investigações para verificar as responsabilidades dos vazamentos das delações, que muitas sequer eram verdadeiras. Isso, senhor presidente, tem que ser punido, investigado e punido, mas não há sequer uma lei para punir porque a Câmara dos Deputados não vota a lei de abuso de autoridades.
Veja abaixo o vídeo com o discurso do senador Renan Calheiros: