sab, 06/01/2018 – 11:00
Atualizado em 06/01/2018 – 11:00
Jornal GGN – Os advogados de Lula estudam uma maneira de solicitar uma investigação sobre as tentativas externas de influenciar os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no julgamento do ex-presidente, marcado para o próximo dia 24. É o que informa Mônica Bergamo neste sábado (6).
Segundo a jornalista, a defesa acha que ou “de fato há tentativas de ‘comprar a consciência dos magistrados’ ou as notícias já publicadas a respeito são mentirosas – mas também uma forma de tentar pressionar e constranger os desembargadores.”
Desde que o juiz Sergio Moro condenou Lula pelo caso triplex e remeteu o caso para a segunda instância, até mesmo pessoas direta e indiretamente envolvidas no processo têm emitido opinião no sentido de pressionar pela confirmação da sentença.
O presidente do TRF4, por exemplo, disse que o julgamento deveria ser acelerado. O procurador Deltan Dallagnol, que está no time dos acusadores, deu entrevista insinuando que se Lula for condenado em segunda instância, deve receber ordem de prisão também, pois a lei permite isso e ele não deve ser tratado com nenhuma regalia.
À parte isso, setores da grande mídia têm publicado análises e editoriais apoiando a punição contra o ex-presidente.
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qui, 04/01/2018 – 16:51
Atualizado em 04/01/2018 – 17:07
Jornal GGN – A advogada Valeska Martins, defensora do ex-presidente Lula na Lava Jato, disse em entrevista transmitida pela página do PT no Facebook, nesta quinta (4), que “as pessoas não lembram mais do que Lula foi acusado.” Segundo ela, “são tantas as denúncias pela imprensa que fica difícil para o cidadão normal individualizar (a conduta imputada ao petista).”
E isso decorre da estratégia adotada pela força-tarefa da Lava Jato, de “demonizar” Lula e sua família, alimentando a mídia diariamente com acusações infundadas e, consequentemente, violando seu direito à presunção de inocência.
Valeska explicou que a parceria entre Judiciário e mídia não só é um dos pilares do chamado lawfare (uso de meios jurídicos para fazer perseguição política), como foi praticamente lecionada por Sergio Moro em um artigo de 2004, no qual ele analisa a operação Mãos Limpas.
“Ninguém tem a presunção de inocência intacta num sistema como esse, [onde mídia e Judiciário] se retroalimentam. Na verdade, eles [Lava Jato e imprensa tradicional] não vivem mais um sem o outro”, disse.
Na entrevista (veja o vídeo abaixo), Valeska e o advogado Cristiano Zanin Martins elencaram os motivos pelos quais Lula deve ser absolvido em segunda instância, no próximo dia 24, quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região deve analisar os recursos contra a senteça de Sergio Moro no caso triplex.
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Moro condenou Lula a 9 anos e meio de prisão, mais pagamento de multa e ressarcimentos que somam aproximadamente R$ 13 milhões. O ex-presidente já teve cerca de R$ 10 milhões em bens bloqueados a mando do juiz de Curitiba.
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Segundo Zanin, os procuradores de Curitiba “escolheram o juiz, embora não pudesse fazê-lo. Eles afirmaram na denúncia que haveria relação [entre as reformas no triplex] com a Petrobras. Mas no final do processo, o próprio juiz reconheceu que não tinha relação com a Petrobras.” Logo, a ação penal jamais deveria ter tramitado na 13ª Vara Federal.
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Além disso, os advogados reiteraram que fizeram provas de que o apartamento é um ativo que a OAS pode utilizar para pagamento de seus credores, ou seja, jamais esteve disponível para uso por Lula e sua família. Valeska lembrou que a “OAS não poderia transferir esse imóvel para ninguém sem que houvesse um depósito numa conta da Caixa Econômica Federal.”
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Lula foi condenado principalmente com base na palavra de Léo Pinheiro, ex-sócio da OAS, como co-réu na mesma ação. Para os advogados, a imprensa deu pouca atenção ao fato de que, um mês após a sentença, o próprio Ministério Público disse que a delação de Pinheiro “não tinha nada de incriminador contra Lula”.
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Jornal GGN – Daniela Tagliari Kreling Lau é uma ativista digital moderada. Ela, em seu Facebook, defende o Exército nas ruas, o Movimento Brasil Livre (MBL) e a Escola sem Partido. Tudo seria tranquilo se ela não fosse a chefe de gabinete da Presidência do TRF-4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz.
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Thompson Flores, como se sabe, é o desembargador que endossou a condenação de Lula, sem ler a peça de acusação (sentença) produzida por Sergio Moro, juiz de piso.
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Daniela assumiu a vaga deixada por Denize Magliorim Rossi, como atesta a foto do Ato nº 316, de 20 de junho de 2017, do Diário da Justiça Federal da 4ª Região, que sacramenta a posse. Assina o presidente do TRF-4. Antes disso ela era Diretora ligada a Protocolo.
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Mas a servidora do TRF-4 tem uma ação a ser questionada: ela assina e pede ajuda para uma petição pela prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, num manifesto que, em 3 de janeiro, tinha 234 pessoas (contando com ela) subscritas. Ela pede ajuda para que o TRF-4, onde ela trabalha como chefe de gabinete do presidente Thompson Flores, julgue pela prisão.
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A servidora pede outras coisas em seu Facebook, como um ano novo em que o amor pelo próximo seja uma constante no viver e na jornada, mas não se furta a endossar uma prisão que ainda está em julgamento, como a do ex-presidente.
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Ah, ela pede também o impeachment de Gilmar Mendes.
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