Núcleo bolsonarista ataca Gilmar para fazer avançar pacote de Moro
A Receita Federal está trabalhando para identificar “focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência” de Gilmar Mendes e de sua mulher, Guiomar; um dos principais articuladores do golpe contra a presidente Dilma Roussef em 2015-2016, Gilmar agora torna-se alvo do governo para o qual preparou o caminho.
8 de Fevereiro de 2019 às 08:35
247 – A Receita Federal está trabalhando para identificar “focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência” de Gilmar Mendes e de sua mulher, Guiomar. Um dos principais articuladores do golpe contra a presidente Dilma Roussef em 2015-2016, Gilmar agora torna-se alvo do governo para o qual preparou o caminho.
A suspeita consta de um relatório de maio de 2018, que “aponta uma variação patrimonial de 696.396 reais do ministro e conclui que Guiomar ‘possui indícios de lavagem de dinheiro'”. A informação é da revista Veja.
A ação do governo é uma evidente preparação de ataque ao ministro do Supremo que sistematicamente tem divergido do ex-juiz de Curitiba, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
Em 2016, o ministro Gilmar Mendes bateu de frente com Moro num debate sobre as “dez medidas anticorrupção”. Em muitas outras ocasiões, Gilmar Mendes tem sido um crítico de ilegalidades e ações arbitrárias do ex-juiz.
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Supremo vê intimidação em abertura de CPI no Senado
A possibilidade de abertura de CPI para investigar os tribunais superiores do país abriu um foco de crise no STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça); ministros reagiram à iniciativa do senador Alessandro Vieira (PPS) que conseguiu as assinaturas necessárias para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito; eles disseram se tratar de ‘intimidação’; na avaliação do STF, sem um fato objetivo a comissão se torna inconstitucional.
8 de Fevereiro de 2019 às 04:49
247 – A possibilidade de abertura de CPI para investigar os tribunais superiores do país abriu um foco de crise no STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ministros reagiram à iniciativa do senador Alessandro Vieira (PPS) que conseguiu as assinaturas necessárias para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito. Eles disseram se tratar de ‘intimidação’. Na avaliação do STF, sem um fato objetivo a comissão se torna inconstitucional.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “integrantes da AMB enviaram relatos nesta quinta (7) a ministros do STJ e do STF sobre o ânimo no Senado com a possível instalação da CPI. Segundo disseram, há parlamentares dispostos a retirar assinaturas do pedido alegando que não checaram direito do que se tratava quando o apoiaram.”
Segundo a matéria, “a avaliação de ministros do STF é que, sem apontar a apuração de um fato objetivo, a CPI é inconstitucional. A promessa de investigação sobre a duração de pedidos de vista, por exemplo, é considerada irregular, pois se trata de tema jurisdicional. A própria coleta das assinaturas foi lida pelos magistrados como uma afronta. Há especulações no Judiciário sobre quem poderia estar por trás do ato. Ministros se dividem. A maioria, porém, vê no requerimento uma tentativa de chamar a atenção e dar eco a críticas das redes sociais à atuação do STF.”
O clima no Senado é quente: “aliados de Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, dizem que, ‘se ele tiver juízo, não leva o pedido de CPI à frente’. Avaliam que não é hora de embate com o Judiciário. Alessandro Vieira vai na direção oposta.”