A CHACINA QUE O MUNDO TODO VIU MENOS OS BRASILEIROS
Genocídio no Brasil, Campo de concentração em Minas Gerais, aquela que depois se tornaria o grande ícone da imprensa no Brasil da um show de desinformação; estrangeiros vem no Brasil, filmam tudo e as imagens rodam o mundo.
O grande ícone da grande imprensa brasileira, estrategicamente, acusa erroneamente garimpeiros brasileiros da chacina mobilizando a opinião pública mundial contra o Brasil. A justiça brasileira investiga e, um mês depois, descobre que a culpa são de empresas como a Arruda e Junqueira, empresas terceirizadas por Nelson Rockefeller e pela CIA para o extermínio generalizado de centenas de tribos que vivem em regiões de interesse de mineradoras internacionais. Mas isso não é transmitido para o mundo e nem para o Brasil. Segundo decisão dos donos da grande emissora “para não gerar uma visão negativa do Brasil do exterior”.
O ano é 1963. O padre Edgar Smith recebe em seu confessionário o genocida Ataíde Pereira que prevendo a morte breve e atormentado pelos crimes que havia cometido procura o padre para confessar seus pecados e tentar de alguma forma mudar o rumo das coisas. Todos seus companheiros já estão mortos, o chefe da expedição, Francisco Brito, o piloto do avião que bombardeara a tribo e até o próprio padre Edgar estariam mortos algumas semanas mais tarde. Além disso não havia recebido os quinze dólares prometidos pelo serviço. O padre convenceu Pereira de repetir sua confissão em um gravador e entregou a fita ao SPI, Serviço de Proteção ao Indio. O caso foi abafado no Brasil mas não no mundo. Finalmente, com toda a pressão internacional o caso chega ao procurador geral de justiça que pede uma investigação completa do caso.
https://2.bp.blogspot.com/-LmJIxCtmT54/WHV_QRbOFOI/AAAAAAAAvYM/d6xUm0oicssKO2nqZiRlYrXLe4-Az1v1gCLcB/s1600/ditadura.png |
Homem é torturado em público, preso ao temido pau-de-arara, durante uma demonstração de métodos de tortura institucional da Guarda Rural Indígena, em Minas Gerais. Foto de 1970 |
As provas do genocídio são incontestáveis, 20 volumes de provas são coletados e acusam que entre 1957 e 1968 cerca de 100 mil índios, foram assassinados por mineradoras estrangeiras. Os que não resistiram a ocupação, tiveram a vida poupada e foram levados para Crenaque em M.G. onde existia um enorme campo de concentração onde mais alguns milhares morreriam de fome e maus tratos. O detalhamento do genocídio é chocante, os Nambikuaras haviam sido mortos com metralhadoras, os Pataxós com variola inoculada no lugar de vacinas, os Canelas mortos por jagunços, os Maxakalís drogados e mortos a tiros, os Beiços de Pau receberam alimentos com formicida e arsênico. Todas as tribos estudadas pelo SIL haviam sido mortas, o Instituto Summer de Linguistica aprendia a lingua da tribo o suficiente para dar alternativa aos indios. Ou eles fugiam para o campo de Crenaque ou morreriam.
Trechos da confissão de Pereira mostram como era a vida do matador. …”estavamos com bastante medos uns dos outros. Nesse tipo de lugar, as pessoas atiram umas nas outras e são alvejadas, pode-se dizer, sem saber a razão. Quando abrem um buraco em você , eles tem mania de enfiar uma flecha na ferida, para colocar a culpa nos indios…” As próximas vítimas eram os Cintas-Largas, uma pequena tribo indígena da Amazônia brasileira que havia cometido o erro de se instalar sobre uma mina de nióbio e se recusavam a sair. O depoimento de Pereira, da chacina dos cintas largas mostra como era o cotidiano desses matadores. “…Após metralhar toda tribo haviam sobrado somente uma jovem menina e uma criança que chorava abraçada a menina no centro da aldeia. Os matadores pedem pela vida da menina alegando que pode ser usada para prostituição. Chico atravessou a cabeça da criança com um tiro, ele parecia descontrolado ficamos muito assustados. Ele amarrou a garota índia de cabeça para baixo numa árvore, as pernas separadas, e a rasgou ao meio com o facão. Quase com um único golpe, eu diria. A aldeia parecia um matadouro. Ele se acalmou depois de cortar a mulher e nos disse para queimar as cabanas, jogar os corpos no rio. Depois disso, pegamos nossas coisas e retomamos o caminho de volta, tomando cuidado para esconder nossas pegadas. Mal sabia que um dia a pegada a ser apagada seria ele…”
https://3.bp.blogspot.com/-eFHitozHgJo/WHV-Is31VDI/AAAAAAAAvYE/_J71HlpVWvsCEJo3OfbbbUwAum_fnGa6ACLcB/s1600/relatorio%2Bfigueiredo.jpg |
Depois de atirar na cabeça do bebê, cortaram ao meio a sua mãe, uma índia da Tribo Cinta Larga. Foto provavelmente da década de 60 ou mais antigo
|
http://4.bp.blogspot.com/-QkV3zbKvvMY/UlwGmHZEWCI/AAAAAAAAM3U/bghBxAwaVA4/s1600/2_3_3-img1.jpg |
Expedição do SPI ao Xingu. Primeiro contato com os índios Mehinaku, 1944. Foto de Heinz Forthmann/Museu do Índio/Funai |
A grande e maior rede de TV do Brasil é uma ferramenta criada pela CIA para esconder a operação Brother Sam e a extração de nióbio do Brasil. Através de Nelson Rockefeller a CIA obtém, usando a CBMM do falecido amigo e sócio, Walter Moreira Salles o nióbio de Araxá praticamente de graça. Quando Getulio Vargas, descobriu e tentou interromper esse processo foi deposto no golpe militar que levaria a sua morte. Quando Jango descobriu, cassou a Hanna Mineradora e anunciou as reformas de base também morreu. Em todos esses momentos Moreira Salles estava presente.
Agora que o Ministério Público começou a investigar a relação desta emissora com a CBMM surgiu a PEC 37. Se não colar, os tumultos estão ai nas ruas, como o IPES fez em 1964 criando o caos para justificar a intervenção militar. Não podemos fazer protestos violentos e a razão da luta não pode ser aumento do preço da passagem e sim o fim da exploração oculta do nióbio. Isso é a origem de todo problema. Precisamos mostrar aos EUA que nós sabemos o que está se passando para que ele libere ainda mais a famosa emissora e grande rede de TV brasileira da obrigação de nos manter desinformados, sempre sabotando o QI dos brasileiros com programas alienativos, condenando ao esquecimento nossos heróis e políticos honestos e escondendo o extermínio sistemático dos nossos índios para beneficiar as empresas estrangeiras, facilitando seus interesses, até tomarem posse de suas terras sem serem notadas. Acorda Brasil!
Fonte: Militância Viva
Leave a Reply