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Faxineira manda filho estudar na Europa: coletou 300 kg de latinhas

Faxineira manda filho estudar na Europa: coletou 300 kg de latinhas

Uma mãe, que ganha pouco, fez de tudo para realizar o sonho do filho – e por tabela, o dela mesma.

Além do dinheirinho que recebe como auxiliar de serviços gerais, Isabel Cristina Fernandes, de 51 anos, coletou latinhas e plástico – para reciclagem – vendeu doces, fez rifa, pediu ajuda a amigos…

E ela conseguiu custear o intercâmbio do filho Pedro Fernandes, de 18 anos. O rapaz, da Paraíba, está realizando o sonho de estudar na Europa.

Desde agosto do ano passado Pedro está na Finlândia e já aprendeu falar sueco e francês no intercâmbio.

História

O jovem da Paraíba foi aprovado no programa de intercâmbio do Rotary Club, mas teria que pagar taxas, passagens, a documentação, o visto… e a família não tinha como bancar.
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Mas Isabel Cristina – que trabalha há 24 anos como auxiliar de serviços gerais na sede recreativa da Associação dos Magistrados da Paraíba, em Cabedelo – não deixou a oportunidade escapar.
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Ela passou a trabalhar muito mais e coletou 300 kg de latinhas, o equivalente a R$ 1,2 mil. E também pediu ajuda.
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A campanha atingiu amigos de Isabel e do magistrado Manoel Abrantes, que ajudou a reunir o dinheiro necessário
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Ela recebeu R$ 6 mil de doações de magistrados em três dias.
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Uma arrecadação dos magistrados da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de São Paulo e de Pernambuco, ajudou a mãe a completar R$ 30 mil para realizar o sonho do filho.

Menino esforçado

Mas não é só a mãe. O filho também é esforçado.
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Isabel conta que Pedro aprendeu falar inglês sozinho em casa, estudando no computador, vendo séries e cantando músicas, porque os pais não tinham dinheiro para pagar um curso.

“Graças a Deus tenho força para lutar pelos meus filhos e eles têm força para vencer. Eu levei nos meus braços até o aeroporto, mas a partir dali ele teve que ir com as perninhas dele.”

O intercambista já foi aprovado no curso de Relações Internacionais, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e retorna ao Brasil no final de julho para começar a vida acadêmica.

Com informações do Estadão e G1

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