Após fazer relações que comprometeram Michel temer e seus aliados, a JBS diz estar sendo vítima de perseguição econômica pelo governo; representantes da empresa disseram ao Ministério Público Federal, na segunda-feira, que a Caixa Econômica Federal teria suspendido, de forma repentina, o crédito da empresa na instituição.
No início da noite de ontem, o governo baixou medida provisória que, entre outras decisões, aumenta de forma exponencial as multas cobras pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central (BC); no caso da CVM, o teto da multa passará de R$ 500 mil para R$ 500 milhões.
8 de Junho de 2017 às 07:29
247 – Representantes da JBS afirmaram ao Ministério Público Federal, na segunda-feira, que a Caixa Econômica Federal teria suspendido, de forma repentina, o crédito da empresa na instituição. O corte seria uma retaliação do governo ao fato de os donos da J&F, holding que detém o controle acionário da JBS, terem feito delação premiada que compromete Michel Temer.
No início da noite de ontem, o governo baixou medida provisória que, entre outras decisões, aumenta de forma exponencial as multas cobras pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central (BC). No caso da CVM, o teto da multa passará de R$ 500 mil para R$ 500 milhões.
As informações são de reportagem do Valor.
Fonte oficial informou ao Valor que um projeto de lei com as mudanças estava pronto há bastante tempo, mas só saiu agora, como medida provisória, diante da suspeita de que a JBS teria usado informação privilegiada (“insider trading”, na linguagem do mercado) para especular com suas próprias ações na bolsa, na véspera da divulgação da delação. Fontes da empresa sustentam que o grupo estaria sofrendo uma “devassa” por parte da CVM e da Receita Federal, como represália pela delação.
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Foto: Carlos Moura/STF
Jornal GGN – A suspeita de que Edson Fachin foi aprovado pelo Senado para o Supremo Tribunal Federal com auxílio da cúpula da JBS será investigada por uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), após o governo Michel Temer mobilizar suas tropas no Congresso para ajudar na estratégia de intimidação do relator da Lava Jato.
Segundo reportagem do Estadão, “com o aval do Palácio do Planalto”, a base aliada vai acelerar a instalação da CPI Mista da JBS, que tinha o objetivo inicial de causar “constrangimentos” aos delatores mas, agora, vai priorizar a investida contra a Lava Jato, pressionando o Judiciário e o Ministério Público.
“As articulações apontam que o primeiro alvo deve ser o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A base quer aprovar um requerimento para que ele compareça à CPMI a fim de esclarecer sua relação com o executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F”, diz o jornal.
A relação de Fachin com a JBS foi reportada em artigo de Reinaldo Azevedo na Folha, após o jornalista ser atingido por um grampo da Lava Jato. Conversas de Azevedo com Andrea Neves, ferindo o direito ao sigilo da fonte garantido a profissionais de imprensa, foram veiculadas pelo Buzzfeed porque Fachin havia retirado o segredo de Justiça sobre a delação da JBS. Na Folha, Azevedo defendeu que Fachin seja investigado ou declare-se suspeito para julgar pedidos envolvendo a JBS.
A notícia motivou a base aliada de Temer a usa a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) para pedir explicações a Fachin. Os parlamentares também discutem meios de levar Fachin a comparecer ao Congresso. O ministro não é obrigado a atender uma convocação do Legislativo. Por isso, deputados querem fazer um convite e, caso não haja sucesso, “vão se sustentar no artigo 60 do Regimento Interno da Câmara, que trata da competência de fiscalização e controle da Casa”.
“Outra alternativa estudada por parlamentares seria fazer avançar na CCJ da Câmara uma PEC que imputa responsabilidades a ministros do STF que usurparem as funções do Legislativo e do Executivo.”
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