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PIB cresce 1% graças à expansão do agronegócio, que respondeu por 70% do índice; Apesar do aumento, a economia retrocedeu ao mesmo patamar do primeiro semestre de 2011

PIB cresce 1% graças à expansão do agronegócio

Setor respondeu por 70% do aumento de 1% da economia do Brasil em 2017, registrando primeira expansão desde 2014 
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(Foto ABr)
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Jornal GGN – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (01) que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1% em 2017, dentro da expectativa do mercado que previa alta entre 0,89% e 1,1%. O crescimento de 1% do PIB representa a primeira expansão desde 2014, quando subiu 0,5%.
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O crescimento no último trimestre do ano porém, ficou um pouco abaixo do esperado, com aumento de 0,1% em relação aos três meses anteriores, contra a expectativa de 0,4% calculada pela agência Bloomberg.
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O desempenho positivo se deve especialmente ao setor agropecuário que, segundo o IBGE, contribuiu com 70% do PIB em 2017, a melhor contribuição do setor na soma das riquezas produzidas pelo país desde 1996. O crescimento registrado no ano do agronegócio foi 13%, entretanto no quarto trimestre ficou estável em relação ao trimestre anterior.
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Mesmo patamar de 2011 
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Segundo informações da Folha de S.Paulo, a coordenadora de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis explicou que apesar do aumento, a economia retrocedeu ao mesmo patamar do primeiro semestre de 2011. A recessão destruiu o crescimento brasileiro de seis anos, como aponta as quedas no PIB registradas em 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,5%).
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Temer: “esperança para o país”
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Em entrevista para a rádio Tupi, do Rio de Janeiro, nesta manhã, o presidente Michel Temer comemorou o resultado que “representa esperança para o País”, afirmando que o aumento se deve ao seu governo onde “tudo tem sido crescimento no País”, se referindo aos setores social, varejista e industrial.
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Temer também afirmou que com o reaquecimento da economia sua gestão deve gerar três milhões de novos postos de trabalho em 2018. “A Bolsa de Valores está em quase 88 mil pontos; os juros e a inflação caíram sensivelmente. Na prática, isso significa que os preços para a população, nos supermercados, estão caindo e os empregos estão sendo retomados.” Leia também: Brasil soma 26,4 milhões de subempregados, segundo Pnad
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Controvérsia 
Porém há quem pondere de forma diferente. Em artigo publicado hoje na Folha de S.Paulo, a economista da FEA-USP, Laura Carvalho observa que o país “chegou ao fundo do poço” por falta de agenda econômica do governo.
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“A inflação entrou em queda livre em janeiro de 2016, antes do impeachment. Entre os salários estagnados pela crise, o fim do efeito do reajuste de preços administrados, o dólar mais baixo —pela reversão nos fluxos financeiros internacionais— e a queda no preço de alimentos, fica difícil atribuir algum papel a esse governo na estabilização dos preços“, avaliou completando:
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“Aliás, em meio a tal processo desinflacionário, o Banco Central deveria ter reduzido muito mais rapidamente a taxa de juros do que o fez, evitando ter de proferir justificativas públicas para a inflação abaixo do piso da meta em 2017”.
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Promessas 
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O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, também aproveitou a notícia para defender na sua conta no Twitter a política econômica do Planalto e prevê crescimento maior no PIB de 2018. “Expansão do crédito, volta do investimento, manutenção da inflação baixa e principalmente a melhora da renda são elementos que levarão a um crescimento do PIB de 3% em 2018”, comentou na rede social.