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Governo Temer procura uma solução para a saída de mais de 8 mil profissionais cubanos do programa Mais Médicos; Uma das ideias é enviar médicos formados em universidades federais ou pelo Fies para prestar ao menos 1 ano de serviço remunerado no programa

Governo quer médicos de universidades públicas e do Fies no lugar dos cubanos

Foto: Agência Brasil
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Jornal GGN – Os ministros da Saúde e Educação do governo Temer, Gilberto Occhi e Rossieli Soares, respectivamente, se reuniram na segunda (19) para discutir mudanças no programa Mais Médicos, com o objetivo de encontrar uma solução para a saída de mais de 8 mil profissionais cubanos, anunciada por conta de declarações “ameaçadoras” feitas por Jair Bolsonaro. Segundo O Globo, entre as alterações que devem ser implantadas no próximo ano está a ideia de enviar médicos formados em universidades federais ou pelo Fies para prestar ao menos 1 ano de serviço remunerado no programa.
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A ideia central é que o aluno do ensino público federal devolva à sociedade o investimento que recebeu do Estado“, explicou o jornal. O governo exigiria “a contrapartida dos estudantes que receberam algum tipo de benefício, além da própria formação gratuita, ao longo da jornada acadêmica”, pois abrir o programa para todos os formados seria de difícil implementação. “De qualquer maneira, o profissional recém-formado seria remunerado como todos os outros do Mais Médicos.”
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“Outra ideia”, diz O Globo, “é fornecer algum tipo de abatimento a médicos formados com o apoio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que ainda não tenham quitado sua dívida. Além da remuneração do programa Mais Médicos, eles teriam um desconto no valor que ainda devem ao governo pelo crédito estudantil.”
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“Os detalhes da medida ainda serão estudados por um grupo conjunto das duas pastas, que vai elaborar mudanças no programa Mais Médicos após a saída dos profissionais cubanos, que deixarão o país em 20 dias”, acrescentou o jornal.
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Na semana passada, o Ministério da Saúde do governo cubano informou o fim da cooperação com o Brasil por culpa de Bolsonaro, que foi eleito ameaçando alterar o programa que tem diretrizes estabelecidos por organização internacional. O deputado de extrema direita afirma que parte do dinheiro do programa financia a “ditadura cubana” e, embora tenha apresentado proposta para impedir que familiares dos médicos cubanos viessem morar no País, agora usa a distância como justificativa para criticar o projeto.