Economia em risco – Miriam Leitão alerta: Bolsonaro e Ernesto ameaçam o agronegócio; Ela cita os riscos de prejuízos decorrentes da aproximação com Israel e da submissão a Donald Trump e diz ainda que Bolsonaro e Ernesto devem ser contidos
A jornalista Miriam Leitão, que forma a opinião de setores da elite empresarial no Brasil, publica, neste domingo, um importante alerta: o de que Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo ameaçam os interesses econômicos do País – sobretudo do agronegócio, que, paradoxalmente, financiou sua eleição. Ela cita os riscos de prejuízos decorrentes da aproximação com Israel e da submissão a Donald Trump e diz ainda que Bolsonaro e Ernesto devem ser contidos. Em vídeo, o ex-ministro Aloizio Mercadante também explica o risco que paira sobre os ruralistas.
3 de Março de 2019 às 07:51
247 – A jornalista Miriam Leitão, que forma a opinião de setores da elite empresarial no Brasil, publica, neste domingo, um importante alerta: o de que Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo ameaçam os interesses econômicos do País – sobretudo do agronegócio, que, paradoxalmente, financiou sua eleição.
Ela menciona artigo do embaixador Rubens Ricupero e cita os riscos de prejuízos decorrentes da aproximação com Israel e da submissão a Donald Trump e diz ainda que Bolsonaro e Ernesto devem ser contidos.
“A transferência da embaixada brasileira [para Jerusalém], sobre a qual sempre se fala no atual governo, seria para atender ‘ao setor mais obscurantista e retrógrado das seitas evangélicas’. O Brasil sempre defendeu que a definição da capital deveria ser resultado de negociação entre israelenses e palestinos. Se a intenção se confirmar, ‘passaríamos a ser vistos como aliados do lado israelense, inimigos dos palestinos e de uma saída negociada e pacífica para o conflito no Oriente Médio’. Isso teria efeitos concretos. Mais de 49% do total das vendas brasileiras de proteína animal se destina a mercados árabes e ao Irã”, escreve Miriam.
“Ricupero relata que o chanceler Ernesto Araújo compareceu a uma reunião em Varsóvia para apoiar os EUA nas sanções contra o Irã. França e Alemanha boicotaram o encontro, que foi um fracasso. O que o Brasil tem a ganhar com isso não se sabe, mas ‘o Irã representa 7% do total das exportações brasileiras de carne e no ano passado vendemos aos iranianos US$ 1 bilhão de milho'”, lembra ainda a jornalista.
“O risco maior contudo é o estremecimento da relação com a China, com quem, a propósito, os Estados Unidos já estão se compondo. Esta semana os EUA adiaram o aumento das tarifas, e a China anunciou que comprará mais dos Estados Unidos. E o que a China compra dos americanos? Exatamente as mesmas commodities que exportamos para os chineses. Que nas viagens de março alguém contenha o presidente e seu chanceler”, finaliza Miriam.
Em vídeo, o ex-ministro Aloizio Mercadante também explica o risco que paira sobre os ruralistas. Confira:
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